A Imagem do Vinho em Portugal teve duas grandes vertentes dominantes: ou falamos do tintol, do garrafão e do copo cheio ou então surge-nos uma imagem mais altiva da pessoa que com um olhar conhecedor gira o copo contra a luz e profere palavras caras sobre este líquido.
Mas o vinho não se limita a ser um mero líquido; é um iniciador de boas e muitas vezes longas conversas, é filosofia, cultura, um símbolo de status, objecto de especulação, é estilo de vida, é uma afirmação contendo histórias e estórias carismáticas.
Digo mais: o Vinho está a caminho de se tornar num objecto de culto. Porquê? Nos dias que correm não o queremos apenas para beber, também o gostamos de apreciar em conjunto com amigos, provar para conhecer produtores desconhecidos para nós, tê-lo como parceiro de harmonização numa refeição ou numa prova e em especial para nós enófilos mais apaixonados, de guardá-lo na nossa garrafeira para daqui a alguns anos o desenterrarmos e bebermos com orgulho de termos aguentado estes anos sem o abrir e agora sermos compensados com a sua degustação.
Mas qual é afinal a imagem do Vinho actualmente?
Timidamente surge uma Imagem do Vinho que o retrata como despretensioso, fazendo parte de um estilo de vida mais cool e contemporâneo. Uma imagem ligada a uma faixa etária mais jovem que aprecia as suas origens e valoriza os seus produtos; será uma face desta onda a abertura de tascas genuinamente portuguesas por todo o país, tal como a busca do retro e vintage, seja em objectos ou em reviver tradições seculares. Damos cada vez mais importância e consideração ao vinho que bebemos.
Com muita consideração e respeito para com todos os produtores escolhidos, espero que apreciem as minhas escolhas, que passem óptimos momentos com os Vinhos e que simplesmente desfrutem de momentos deliciosos.
Enjoy!