Luís Diniz
É gestor do Grupo Diniz & Cruz (www.dinizecruz.pt), uma referência de bom gosto na confecção de vestuário de alta qualidade, com as marcas H do Homem e Dálmata, reconhecido no mercado nacional e internacional. É ainda gerente da loja Lourenço & Santos em Lisboa (www.lourencoesantos.com).

Alfacinha de gema, é apreciador de bons vinhos, da melhor gastronomia e de um bom puro. Fanático pelo Benfica e cinéfilo inveterado, mas a sua perdição é mesmo a família e amigos, revelando o seu lado de pai extremoso, marido atencioso e amigo de partilhar o que mais gosta.

Presidente do grupo de prova Puros & Vinhos, que criou em 2003 com um grupo de amigos, que se reúne periodicamente para provar grandes vinhos, e também satisfazer o prazer de um bom charuto. Marcam a memória deste grupo as “Provas à Quinta” – provas cegas de vinhos ao final dos dias de 5ª feira, ou os jantares de prova e degustação, alguns com a presença dos produtores de vinho.
PORQUÊ UM GRUPO DE PROVA? por Luís Diniz

Sempre fui um apreciador de bons vinhos e, acima de tudo, da partilha de degustação entre amigos.

Qual a melhor forma de provar vinhos que dificilmente conseguiríamos adquirir sozinhos, quer por motivos financeiros ou mesmo logísticos (estrangeiros)? E ao mesmo tempo discutir com outras pessoas que partilham o mesmo gosto e entusiasmo?

A forma que vai de encontro a estes objectivos, é criar um grupo de prova de vinhos, e esta foi a minha principal motivação para há uns anos criar o Puros e Vinhos. Este é um grupo de amigos que se reúne periodicamente para provar grandes vinhos, e também satisfazer o prazer de um bom charuto.

É um desafio que deixo a quem como eu partilha esta paixão, e da minha experiência, deixo aqui algumas dicas:

1. Um grupo de prova deve ter no máximo 12 elementos, mais do que este número terá de ser adquirido mais uma garrafa de cada vinho;

2. Deverá se escolher um tema para a compra do lote de vinhos à prova (vertical, horizontal, região, país, Os Melhores do Ano, etc.);

3. Poderá haver uma quota mensal para a compra de copos adequados e do lote de vinhos seleccionados;

4. Importantíssimo a escolha do local do repasto para degustar os vinhos;

5. A avaliação dos vinhos à prova deverá ser feita através de ficha de prova (vejam um exemplo na imagem abaixo);

6. Para dar a conhecer as provas, poderá  criar-se um blog ou fazer um grupo privado no facebook para partilha com todos os membros do grupo, e onde ficam registados todos os eventos organizados com as respectivas notas de prova e média final de cada vinho provado.

Nas notas de prova pode-se dar largas à veia criativa de cada um e em forma de prosa fazer considerações sobre o vinho, sem nunca ofender o vinho nem o seu produtor, mesmo que não tenha sido do agrado. O importante é transmitir as sensações que a experiência nos proporcionou.

Deixo alguns exemplos das minhas experiências mais poéticas:

“Entra sisudo e fechado em tábuas. A madeira confere estrutura ao carácter da fruta, introduzindo componentes a rebuçado e caramelo.”;

“Vinhos assim tão escuros e impenetráveis deviam ser proibidos por lei! Surgem, vindos da profundeza do copo, aromas adocicados, fruta muito madura, quase passa”

“A fruta mostra-se de forma muito mais evidente na boca, a madeira revela integração exemplar e ficamos com vontade de elogiar a mestria de quem soube retirar as mais valias da madeira, sem incorrer nos seus defeitos.”

Para quem gosta de experimentar, conversar e aprender sobre o vinho esta é uma boa solução para partilhar bons momentos entre amigos. Fica a sugestão!

Luís Diniz

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