Manuel Henrique
Não é enólogo nem especialista de vinhos mas sim apaixonado pela atividade que desenvolve há mais de 3 décadas na área da gestão e pela empresa única onde trabalhou desde quase sempre – Banco Espirito Santo, tendo esta paixão o conduzido aos Açores, onde é hoje Administrador do BES Açores.
Marcado pelos sabores regionais dos locais por onde tem passado ao longo da sua vida profissional, onde os vinhos do Alentejo se tornaram admirados e desejados, os sabores do Ribatejo re-apreciados, e nos últimos 3 anos rendido aos maravilhosos queijos das ilhas açorinas e da sua vasta gastronomia.
Pretenso jogador de golfe onde o “buraco” mais desejado é o 19º, neste se espera calmamente que lhe seja servido um bom repasto com grande abundância de qualidade e quantidade suficiente.
Um apaixonado amador pela cozinha, gosta de muitas vezes interpretar o papel de “Chef” entre família e amigos, onde dá asas à imaginação na criação e recriação dos sabores de sempre.
BEM COMER E BEM BEBER por Manuel Henrique

Fui desafiado para escrever sobre vinhos e comida, tarefa difícil ou menos fácil depende da perspetiva. A dificuldade de nos pronunciarmos sobre vinho ou comida advém das muitas das suas diversidades, as papilas gustativas, os palatos, os sabores, as sensibilidades, as interpretações, a visualização, que cada um de nós faz a reflexão à sua maneira.

Perante estas particularidades, e outras não enumeradas, a boa comida e o bom vinho será então aquele que quando estamos numa situação que comendo o suficiente e bebendo sem prevaricações ficamos cheios… Será?

De prazeres, de sabores e aromas, de imagens mentais ”gravadas“ no momento, ou divagações verbalizadas com o nosso vizinho da cadeira ou mesa do lado acerca de quem fez e como fez a comezaina tão cheia de tudo, e quanto carinho e trabalho terá sido dedicado a produção de tão belos sabores, aromas e cores num néctar que se poderá dizer de divinal e onde se poderá encontrar nas muitas catedrais de sabores onde se combina de forma exemplar a comida e o vinho.

O bom vinho e a boa comida será quando ficamos então cheios, mas em simultâneo tão leves que nos permite divagar e sonhar ao sabor dos aromas, das imagens, das cores onde os olhos vêem o que não está à vista. Ouvimos os barulhos dos tachos e dos lagares e sentimos o prazer daqueles que se dedicam de alma e coração à feitura do vinho e da comida, onde o físico não se cansa porque o prazer sobrepõe-se ao cansaço e a alma se enche tal como uma garrafa do belo e maravilhoso néctar. Sim, é quando ficamos cheios, mas de prazer pela experiência de sabor.

Manuel Henrique
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